Conflito familiar


A estrutura e a dinâmica familiar se constituem em parte, pela soma das características individuais de seus membros. A forma como esse grupo se relaciona levando em conta as peculariedades de cada um de seus membros caracteriza o sistema familiar.


Havendo alteração no equilíbrio desse sistema podem surgir conflitos. A experiência afirma que a família pode se adaptar positivamente aos estressores derivados das necessidades desencadeadas por um ou mais de seus membros (fase de adolescência, abuso de substância ou outros), mesmo que essa adaptação demande tempo.


Nas últimas décadas, decorrente das mudanças vividas pela sociedade surgiram novos modelos de família. Separações dos pais e posteriores recasamentos, casamentos homoafetivos e outros alteram a estrutura e a dinâmica dos sistemas familiares, influenciando os padrões dos relacionamentos familiares.


Surge decorrentes dessas estruturas a formação de novos vínculos entre conjugues, enteados e filhos permeando toda a estrutura familiar (avós, tios e etc), as dificuldades na organização desse novo arranjo podem em muitos casos demandar a psicoterapia individual ou em grupo.


Diversos pesquisadores buscam estabelecer a relação entre relacionamento familiar e a psicopatologia, alguns apontam que o estresse e desequilíbrio dos

pais estão positivamente associados à presença de psicopatologias em crianças. Outros fatores como conflitos entre seus membros, a falta de disciplina ou castigo físico, abuso de substâncias e, em especial, a violência conjugal foram identificados como fatores de risco ao equilíbrio psicológico dos membros familiares.


Tratamento


A terapia cognitiva consiste em auxiliar o(s) paciente(s) durante as sessões individuais ou em grupo na busca por uma maneira de perceber suas reações emocionais, físicas e comportamentais e torná-las adequadas à situação. Modificando as reações disfuncionais obtém-se a mudança de comportamento necessária, buscando assim restabelecer o equilíbrio emocional e psicológico





Referências

Canino, G., Shrout, P. E., Rubio-Stipec, M., Bird, H. R., Bravi, M., Ramirez, R., et al. (2004). The DSM-IV rates of child and adolescent disorders in Puerto Rico: Prevalence, correlates, service use, and the effects of impairment. Archives of General Psychiatry, 61, 85-93.

Fleitlich, B., & Goodman, R. (2001). Social factors associated with child mental health problems in Brazil: A cross sectional survey. British Medical Journal, 323, 599-600.